18/03/2021
Conheça as mulheres à frente da E.Tamussino
Compartilhe essa notícia:
A participação das mulheres na área de saúde, que sempre foi grande, cresce a cada década. No Brasil, as empresas ainda têm muito para avançar nesse sentido. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que, embora as mulheres representem 70% da força de trabalho na área da saúde no mundo, elas ocupam apenas 25% das posições de liderança. Porém, apesar das inúmeras barreiras enfrentadas diariamente, as mulheres têm conquistado seu espaço, fazendo-se mais participativas e, consequentemente, mais ouvidas. O resultado disso é que, durante a pandemia de Covid-19, o mundo acompanhou o trabalho exemplar de mulheres líderes à frente do combate à crise sanitária e econômica.
À frente da E.Tamussino, dois dos três vice-presidentes são mulheres. E a maioria feminina não para por aí: 56% dos cargos de liderança são ocupados por elas, uma média acima do que vemos no mercado brasileiro. Além disso, o quadro funcional da empresa conta com 52% da força feminina.
Presente em 8 estados brasileiros, além do Distrito Federal, a E.Tamussino emprega aproximadamente 400 colaboradores e possui um portfólio com mais de 1.500 produtos médico - hospitalares os quais, inclusive, tiveram e ainda tem seu papel de abastecimento nos hospitais brasileiros, no combate à Covid-19.
E é em meio a este cenário incerto e mutável, que conversamos com as vice-presidentes Michaela Tamussino, a frente das áreas de Compras, Importação e Marketing, e com Tatiana Ferreira, liderando o time comercial da empresa.
“Sinto que ainda esperam que a mulher escolha entre carreira ou família, que uma coisa não pode andar junto da outra.” (Michaela Tamussino)
Há 4 meses conciliando a jornada de vice-presidente da empresa com a maternidade, Michaela fala sobre o papel da mulher no mercado de trabalho.
Você acredita que mulheres que comandam suas empresas, ainda sofrem algum tipo de preconceito?
“Acredito que as mulheres empreendedoras enfrentam sim questionamentos quanto a sua capacidade de gerir uma empresa e uma família. Sinto que ainda esperam que a mulher escolha entre carreira ou família, que uma coisa não pode andar junto da outra. Assim como ainda é comum a ideia do “sexo frágil” e nos deparamos com pessoas que acham que a mulher é muito sentimental ou muito emotiva para lidar com as situações que o dia a dia frente a uma empresa demandam. Infelizmente este tipo de questionamento aparece para todos os cargos e funções, não somente para cargos de liderança. Nosso papel é desmistificar estes pensamentos e mostrar que somos capazes!”
Considera que as mulheres ainda são sobrecarregadas pelas demandas familiares e profissionais?
“Acho que faz parte da nossa natureza querer dar conta de tudo. Vejo que muitas vezes nós é que queremos provar para nós mesmas e para os outros que somos capazes de fazer tudo, acabamos nos sobrecarregando e não deixamos espaço para receber ajuda. Com certeza isso é um passivo que trazemos de quando a realidade era esta. Hoje vejo que a maioria das famílias divide tarefas e responsabilidades de forma igualitária. Claro que existem famílias em que a mulher ainda é responsável por tudo, talvez algumas mulheres prefiram que seja desta forma, e tudo bem também! Importante é termos a escolha e o apoio de quem vive conosco, e sermos felizes assim”.
Ao longo do mês de março a E.Tamussino vem divulgando histórias empoderadas de suas colaboradoras. As mulheres da empresa foram estimuladas a contar suas histórias para apoiar outras mulheres. O que significou essa campanha?
“Ouvir histórias inspiradoras é sempre muito bom! As vezes estamos passando por um momento difícil e ouvir a historia de pessoas que passaram por algo similar ou até pior, pode nos dar aquela energia extra para continuar em frente, buscando nossos sonhos e objetivos. Um pouco de inspiração nunca é demais e tivemos histórias lindas contadas pelas nossas colaboradoras que mostraram que tudo pode ser superado e que vale a pena continuar lutando pelos nossos ideais! Espero que tenhamos inspirado a todos, principalmente agora que temos enfrentado tantas dificuldades com a pandemia”, finaliza Michaela.
“Eu acho que as mulheres em idade fértil acabam perdendo muitas oportunidades e tendo que fazer escolhas que não seriam necessárias se tivéssemos uma estrutura que ajudasse, que amparasse e incentivasse o crescimento profissional, sem ter que abrir mão de estar perto dos filhos”. (Tatiana Tamussino)
Para Tatiana Tamussino, o investimento em uma rede de apoio faria toda a diferença para que as mulheres ocupassem mais cargos de liderança. “Faltam creches dentro das empresas. Sempre tive o sonho de ter uma creche para que nossas funcionárias pudessem trazer seus filhos, mas a legislação é tão complexa que inviabiliza esta iniciativa para empresas de pequeno e médio porte, como é o nosso caso. No Brasil as obrigações com os filhos são das mães. Eu acho que as mulheres em idade fértil acabam perdendo muitas oportunidades e tendo que fazer escolhas que não seriam necessárias se tivéssemos uma estrutura que ajudasse, que amparasse e incentivasse o crescimento profissional sem ter que abrir mão de estar perto dos filhos.”
A VP Comercial também ressalta a importância de uma cultura que valoriza seu capital humano diariamente, e não apenas em datas específicas. E isto se reflete no número de mulheres que atuam na empresa: “Não basta valorizar a mulher no dia internacional da mulher, dar presentinhos, se, na prática, a realidade é outra. Os maiores exemplos são dados no dia-a-dia, respeitando e valorizando nossos funcionários”.
Quando perguntada como é estar à frente de um time Comercial diante de um cenário tão incerto trazido pela pandemia, Tatiana avalia:
“Difícil como todos os outros setores. É muito difícil conviver diariamente com incertezas e inseguranças, ainda mais tendo um inimigo invisível! A maior dificuldade é manter a motivação das equipes, depois de 1 ano acreditando sempre que os números vão melhorar, sempre olhando com esperança para o dia seguinte, para a semana seguinte, para o mês seguinte.... ver que 12 meses se passaram e estamos na pior fase, com tantas pessoas morrendo, hospitais lotados. Mas eu sou uma pessoa muito otimista e, apesar de tudo isso, acredito que estamos progredindo, temos várias vacinas, em breve a população mundial estará vacinada e isso tudo fará parte do passado. Aprendi muito nesta pandemia e continuo acreditando no ser humano, acreditando que o mundo pode ser melhor, depende de nós, daquilo que acreditamos e fazemos diariamente, desistir não é uma opção, precisamos insistir!”
Matéria e fotos: Divulgação interna
Compartilhe essa notícia